07/08/2009
Aluguel de ações: quais os riscos para tomadores e doadores?
SÃO PAULO – O mercado de aluguel de ações está em expansão no Brasil. De janeiro a julho, registrou um montante de operações 17,37% superior ao do mesmo período do ano passado, mas ainda deixa dúvidas nos investidores. Quais os riscos de disponibilizar para aluguel ou tomar emprestada uma ação?
De acordo com o gerente comercial da corretora Ágora, Hélio Pio, os riscos são bem menores para o doador do que para o tomador. “Quem toma a ação tem um risco de mercado, porque aluga um ativo que ele não sabe até que valor pode chegar”, afirmou. “Então, ele tem um risco bem maior e precisa acompanhar de perto o mercado”.
Por isso, conforme ele explicou, o tomador de ações é normalmente um investidor mais qualificado, como instituições financeiras ou pessoas físicas com mais conhecimento do mercado e que acompanham de perto a bolsa de valores.
Doador de ações
Já o doador de ações normalmente é o investidor que conhece menos o mercado ou tem uma visão de longo prazo. Para ele, o risco é menor porque a CBCL (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia), que faz a intermediação da operação, exige uma garantia do tomador.
Já o doador de ações normalmente é o investidor que conhece menos o mercado ou tem uma visão de longo prazo. Para ele, o risco é menor porque a CBCL (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia), que faz a intermediação da operação, exige uma garantia do tomador.
“Essa é a garantia que o doador tem de que aquela ação que ele emprestou, na data da liquidação, vai ser devolvida para ele. Então, o risco para o doador é baixíssimo. Por isso que é interessante para o doador que tem ativos em sua carteira de longo prazo disponibilizar suas ações para doar”, explicou.
Durante a operação, o doador recebe a taxa de aluguel paga pelo tomador e uma taxa líquida de 0,05% ao ano sobre o volume emprestado, paga pela BM&F Bovespa. O doador ainda é reembolsado nos valores distribuídos pela companhia emissora de ações (juros, dividendos etc) durante o empréstimo. No caso de um evento de custódia em ativos (bonificações, por exemplo), ele recebe o ativo ajustado, na devolução.
Mercado
De acordo com Pio, há um crescimento na busca de pessoas físicas pelo aluguel de ações, principalmente do lado de doador dos ativos. “É o perfil de investidor de longo prazo, que compra ações para ficar com elas em sua carteira por seis meses, um ano ou mais tempo. Pelo aluguel de ações, ele consegue uma rentabilidade a mais”.
De acordo com Pio, há um crescimento na busca de pessoas físicas pelo aluguel de ações, principalmente do lado de doador dos ativos. “É o perfil de investidor de longo prazo, que compra ações para ficar com elas em sua carteira por seis meses, um ano ou mais tempo. Pelo aluguel de ações, ele consegue uma rentabilidade a mais”.
Por isso é que o mercado foi muito utilizado no período mais crítico da crise, quando os ativos sofreram graves desvalorizações. “Os investidores, nesse momento, passam a pensar da seguinte forma: meus ativos são de longo prazo, então eu vou aguardar para que eles possam se valorizar, para que as empresas possam voltar a ter bons resultados, para que a crise passe e para que as minhas ações cheguem a um patamar acima do que eu comprei”.
Pio explicou que o mercado de aluguel de ações já cresceu bastante no Brasil, mas que essa é só a “ponta do iceberg”, já que é esperado um aumento muito maior, conforme o crescimento do mercado de ações, que deve ganhar visibilidade com a solidez da economia e a redução da taxa de juro.
Fonte: InfoMoney
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