Investindo em Ações…
No início deste ano, o mercado brasileiro de ações retomou sua tendência de alta, trazendo alívio tanto para os investidores quanto para a economia do País. Todavia, ao se falar em investir em ações, os brasileiros temem como se fosse a pior coisa no mundo a se fazer.
Ao comentar com um amigo outro dia que eu investia em ações ele me respondeu com uma rapidez espantosa: “Você está louca! Isso é muito arriscado! Eu prefiro a poupança, pelo menos sei que no final do mês terei o meu rendimento garantido!”
As pessoas têm pavor do risco. Eles não estão errados, ninguém gosta de correr riscos. Entretanto, investir em ações não é correr risco deliberadamente. Existe um planejamento e um manejo de risco a ser seguido. Nossa cultura não é focada para este tipo de investimento.
A Bovespa movimenta diariamente cerca de 4 a 6 bilhões de reais, isso é só o que as ações da Google ou da Microsoft movimentam nos Estados Unidos em um único dia. Os americanos já nascem investindo em ações, enquanto nós ainda estamos engatinhando nesse tipo de investimento.
Contudo, o mercado brasileiro de ações cresceu significativamente nos últimos 10 anos. Lembro-me como se fosse ontem, quando a Petrobrás lançou suas ações no mercado, era 4 de julho de 1994, as pessoas falavam que isso não daria certo porque era muito arriscado (e eu penso hoje, “a se eu tivesse comprado algumas ações naquele tempo…”, risos).
Olhando o gráfico anual das ações preferenciais da Petrobrás (PETR4), depois de 15 anos, elas subiram 6.200% até a semana passada, sem contar que houve alguns “splits” (um split de ações é a divisão de uma ação em duas ou mais) durante o caminho.
Sem comentar que durante todo esse tempo, o ativo apresentou fechamento negativo em 4 anos somente, em 1995, 1998, 2002 e 2008. Por certo que, quem investiu nas ações visando o longo prazo, hoje conta com um acréscimo de 6.200% em sua carteira. Por exemplo, se uma pessoa investisse Mil reais, no primeiro dia de negociação (04/07/1994), hoje, ela teria em sua carteira R$ 63 mil. Os rendimentos da renda fixa nunca trariam esse retorno. Façamos uma simples comparação, investir os mesmos Mil na poupança, utilizando o mesmo prazo, e ignorando as diferenças de inflação e de rendimentos da mesma no decorrer do tempo analisado.
Para esse cálculo, usaremos um rendimento de 1%, sabendo que a poupança fechou com um rendimento de 0,50% na última sexta-feira (27/11/2009). O rendimento, com os dados apresentados, estaria na faixa dos R$ 6 mil. Diferença espantosa, não?
Na próxima semana, farei uma introdução de como investir em ações, quais as correntes que os investidores seguem na aplicação de seu capital, e como vocês também podem ganhar muito mais do que a renda fixa oferece sem correr muito risco. Uma ótima semana a todos e até a próxima!
Janayna da Costa
Agente Autônomo de Investimentos
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