07/07/2009
Governo pretende reduzir tributos sobre funcionário
Segundo declaração do ministro Guido Mantega, serão cortados os encargos que as empresas recolhem para a Previdência Social
SÃO PAULO – O governo do Brasil prepara uma redução de encargos sobre o emprego no País, como parte de um pacote de medidas para impulsionar a produtividade e o crescimento econômico. A declaração, publicada nesta segunda-feira (06) no site do jornal britânico Financial Times, foi feita pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.
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Ele declarou que as empresas deixarão de recolher os tributos referentes à Previdência Social, “sem que isso infrinja os direitos trabalhistas”. Para tanto, o ministro informou que a receita contará com outras medidas, sobre as quais não entrou em detalhes.
“Temos a chance de transformar a crise econômica mundial em uma oportunidade. Estas medidas vão permitir que muitas indústrias possam competir nos mercados mundiais”, explicou Mantega ao jornal, que destacou algumas das posturas que o governo já adotou para estimular a economia.
Dentre elas foi colocada a liberação de R$ 100 bilhões na economia com mudanças nas regras do recolhimento compulsório feito pelos bancos, de mais R$ 100 bilhões em recursos adicionais para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos, caminhões, eletrodomésticos, materiais de construção, além de geladeiras, fogões, máquinas de lavar e tanquinhos.
O ministro mencionou que o País tem adotado algumas medidas de curto prazo para impulsionar a economia no período de crise, mas que também já pensa no “pós-crise”, como a redução de custos da indústrias.
De acordo com o jornal, o custo das medidas adotadas anteriormente, combinado à queda das receitas fiscais, tem empurrado o governo para o vermelho depois de anos de superávits primários (receitas menos despesas, sem contar os pagamentos da dívida). Além disso, há preocupação de que o aumento salarial, sobretudo no setor público, possa sobrecarregar as contas públicas, que já necessitam de reforma.
Fonte: Financial WEb
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