Setor de serviços do Brasil tem maior expansão em oito meses
A atividade do setor de serviços do Brasil atingiu a taxa mais alta em oito meses, impulsionada pelo crescimento da produção e do volume de novos negócios, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Markit divulgada na última sexta-feira em agências internacionais.
Em dezembro, o indicador chegou a 53,5, o que representa aceleração sobre os 52,5 vistos em novembro. O índice se mantém, pelo quarto mês consecutivo, acima da marca de 50 que separa crescimento de contração.
De acordo com o Markit, quase 18% das empresas monitoradas indicaram uma produção mais alta, citando aumento no volume de entrada de novos negócios pelo quarto mês seguido e no ritmo mais rápido desde abril, enquanto 8% relataram níveis menores.
“As evidências sugeriram que o volume de entrada de novos trabalhos cresceu em sintonia com a demanda mais forte e com a aquisição de equipamentos novos”, explicou o Markit em nota.
Entre os entrevistados na pesquisa, 19% apresentaram volumes mais elevados de entrada de novos trabalhos e 8% tiveram queda.
Atrasos
Por outro lado, o volume de pedidos em atraso caiu pelo segundo mês seguido, embora a taxa de redução tenha ficado praticamente inalterada na comparação com o mês de novembro, com 3% dos fornecedores relatando a redução de trabalhos em processamento.
De acordo com o Markit, a queda dos pedidos em atraso foi proporcional ao aumento, pelo quarto mês seguido, do número de funcionários, ainda que em um ritmo mais lento do que em novembro. Quase 6% das empresas monitoradas relataram níveis mais elevados de pessoal.
Confiança
Nesse cenário, apesar do otimismo ainda presente entre os prestadores de serviços, o nível de confiança diminuiu, atingindo um recorde de baixa para os últimos três meses.
Em geral, as empresas têm previsão de crescimento das atividades nos próximos 12 meses, principalmente com o lançamento de novos projetos, manutenção da qualidade de serviços, atividades relacionadas à Copa das Confederações e expectativas de aumento da demanda.
O crescimento tanto no setor de serviços quanto no industrial levou o setor privado brasileiro a um crescimento mais rápido desde março.
Assim, o índice PMI composto do Markit, que reúne os dois resultados, avançou para 53,2 em dezembro, ante 53 em novembro.
Empregos
Na semana passada, outro balanço, divulgado pela Confederação Nacional de Serviços (CNS), apontou um bom desenvolvimento do setor em 2012 no que diz respeito à geração de empregos e rendimentos.
Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego e Serviços de dezembro, até novembro de 2012 o número de empregados com carteira assinada era 3,7% superior ao de 2011, com um aumento de 1,670 milhão de empregados.
* DCI – SP