04/06/2009
Como identificar um “high-potential”
O primeiro desafio em identificar um high-potential consiste em compreender adequadamente o que significa um high-potential.
Definir um profissional como alguém de alto potencial, significa dizer que ele tem muito talento a ser explorado e convertido em capacidade. Porém, a visão de talento ainda se confunde com qualificação e preparo. Não há nada errado em buscar profissionais de alta qualificação, na verdade é uma forma de apostar na segurança. Em uma possível comparação metafórica com o mercado financeiro, as organizações, ao buscar profissionais com alta qualificação, procuram por certas garantias de rendimento. Poderíamos dizer que se trata de certo conservadorismo; bons diplomas, logo bons resultados. O fato é que qualificações podem ser agregadas, talentos são inatos e aqui reside a grande diferença entre alguém de potencial efetivo e alguém que teve acesso a uma educação de excelência.
A questão do talento é ainda mais é ainda mais profunda, pois se são inatos, não se criam talentos durante a vida. Tal afirmação parece estar recheada de um pragmatismo ferrenho, mas uma teoria desenvolvida por Marcus Buckinghan e Donald Clifton, com base em uma pesquisa Gallup dos EUA, com milhões de executivos de todo o mundo, identificou que a maior parte das pessoas não encontra espaço para fazer aquilo que realmente gosta, que sente que sabe e gostaria de fazer, ou seja, expressar seu talento. O sonho americano, que se espalhou pelo mundo, propagando que você pode ser o que quiser desde que se esforce o suficiente não é verdadeiro. Somente quando encontramos e aplicamos nossos talentos somos plenamente capazes. A verdade é que todos nós temos talentos especiais e se soubermos e pudermos empregá-los, seremos eternos High-potentials, conversores de talentos em resultados, agregaríamos qualificações a esta zona natural de excelência e assim crescimento, desenvolvimento, satisfação e resultados se tornariam um “ciclo virtuoso”.
Um dos mais proeminentes corroboradores desta visão é C. K. Phalalad, Professor da Universidade de Michigan que definiu a questão dizendo que “O problema é que as empresas cada vez mais optam por escolher o profissional com base nessas credenciais (diplomas e qualificações) e torcem para que ele seja competitivo”. Em sua visão, os profissionais de talento competitivo são empreendedores natos e não competem com os outros, são competitivos por atingir excelência naturalmente e abrem seus caminhos por conta própria, como exemplos notórios de empresários como Bill Gates e Steve Jobs.
Voltando ao mundo dos “simples mortais”, das nossas organizações e das nossas limitações, devemos entender que um high-potential é alguém que está ou pode ser levado a uma posição e desafios em que seus talentos possam ser empregados plenamente. Um talento é reconhecido quando há o famoso “brilho nos olhos” pela sua área de atuação, um prazer declarado pelo crescimento, um desempenho brilhante e ao mesmo tempo desprovido de arrogância. Todos nós somos “high-potentials” se estivermos no lugar exato e conscientes de quem somos e do que somos capazes.
Fonte: Financial Web
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