Transnacionais exportam 95% a mais em dez anos
Enquanto as indústrias de transformação, em geral, viram suas exportações crescerem 51,2% de 2005 a 2014, as vendas externas das multinacionais brasileiras subiram 94,7%, aponta estudo da CNI (confederação da indústria).
A internacionalização das empresas, no longo prazo, ajuda a manter empregos no Brasil e a fortalecer a saúde financeira das companhias, de acordo com o levantamento, que avaliou 41 marcas.
“Ao contrário do que possa parecer, quando a empresa expande suas operações para um outro país, os melhores salários permanecem na sede, onde ainda ficará a ‘inteligência’ dela”, diz Carlos Abijaodi, da CNI.
Esse movimento de busca por novos mercados era mais comum em um ambiente de dólar depreciado, lembra Abijaodi, mas ainda deve ser procurado por setores que trabalhem mais com tecnologia.
“Quando vai para o exterior, a empresa está impulsionada, fica mais próxima dos concorrentes e sai de um ambiente de negócios restrito para um mais amplo.
“A entidade avalia que as transnacionais brasileiras também tendem a alcançar um nível de produção mais sofisticado e inovador que as equivalentes que decidem se manter apenas no país”.
Hoje, a maior concentração de empresas está na Argentina e nos Estados Unidos, e vão de marcas de alimentos e bebidas a calçados e eletrônicos.
No terceiro trimestre de 2015, as brasileiras tinham um estoque de investimentos no exterior de US$ 316 bilhões.
Folha de São Paulo