02/04/2009
Opinião: como dar continuidade aos negócios durante recessão?
Segundo Cláudio Basso, risco da descontinuidade do negócio aumenta à medida que dinheiro disponível é reduzido
Estamos vivendo tempos de turbulência para as empresas. Momento este em que muitos projetos passam por uma real avaliação da necessidade de sua manutenção e investimentos. “Corte”, “Suspensão” ou “Adiamento” é a ordem do momento para algumas empresas.
Em qual cenário se enquadra a continuidade do seu negócio? Luxo ou uma necessidade ainda mais premente? Que implicações a empresa teria eliminando ou suspendendo seu programa de GCN (Gestão da Continuidade de Negócios)? Como seus clientes e entidades reguladoras veriam esta ação?
O risco da “descontinuidade” do seu negócio aumenta na medida em que os investimentos previstos para a mitigação dos riscos existentes são descartados do seu planejamento e respostas adequadas a estes riscos não estão ou deixam de ser desenvolvidas**. É necessária uma garantia da continuidade de suas operações, esta garantia a custos mais baixos pode ser encontrada com a GCN.
Tenha em mente que a impossibilidade da entrega de seus produtos e serviços fundamentais – por ocasião da ocorrência de um incidente – não irá afetar apenas o seu negócio, mas a depender de como estes produtos e serviços estão inseridos no contexto de outras organizações, comprometerá todas elas. Vamos supor que a continuidade de suas operações pode até estar garantida e aderente às melhores práticas de continuidade, mas e a de seus fornecedores? Este risco foi considerado? A GCN deve também antever essa possibilidade, amplificada pela crise financeira, e instaurar ações para diminuir a dependência de fornecedores.
Em qual cenário se enquadra a continuidade do seu negócio? Luxo ou uma necessidade ainda mais premente? Que implicações a empresa teria eliminando ou suspendendo seu programa de GCN (Gestão da Continuidade de Negócios)? Como seus clientes e entidades reguladoras veriam esta ação?
O risco da “descontinuidade” do seu negócio aumenta na medida em que os investimentos previstos para a mitigação dos riscos existentes são descartados do seu planejamento e respostas adequadas a estes riscos não estão ou deixam de ser desenvolvidas**. É necessária uma garantia da continuidade de suas operações, esta garantia a custos mais baixos pode ser encontrada com a GCN.
Tenha em mente que a impossibilidade da entrega de seus produtos e serviços fundamentais – por ocasião da ocorrência de um incidente – não irá afetar apenas o seu negócio, mas a depender de como estes produtos e serviços estão inseridos no contexto de outras organizações, comprometerá todas elas. Vamos supor que a continuidade de suas operações pode até estar garantida e aderente às melhores práticas de continuidade, mas e a de seus fornecedores? Este risco foi considerado? A GCN deve também antever essa possibilidade, amplificada pela crise financeira, e instaurar ações para diminuir a dependência de fornecedores.
Ao longo dos últimos anos, a Gestão da Continuidade de Negócios tem amadurecido e hoje apresenta um novo modelo para enfrentar momentos de crise, pois durante uma emergência, uma comunicação clara e rápida pode fazer a diferença entre uma resposta eficaz e uma crise prolongada.
Mais importante que documentação de procedimentos através do diversos planos (Gestão de Crise, Comunicação, Resposta a Incidentes, Continuidade dos Negócios, Recuperação de Desastres, etc.) é o exercício dos mesmos, e além dos exercícios, a criação e disseminação de um conhecimento adequado, cultura, atitudes e valores. Somente assim a organização desenvolverá sua capacidade de sobreviver à turbulência criada por riscos de baixa freqüência, porém de grandes conseqüências.
A GCN no seu estágio atual evolui para algo mais amplo, abrangente e eficaz: a Resiliência Organizacional. A norma ABNT NBR 15999-1:2007*** define GCN como “processo abrangente de gestão que identifica ameaças potenciais para uma organização e os possíveis impactos nas operações de negócio, caso estas ameaças se concretizem. Este processo fornece uma estrutura para que se desenvolva uma resiliência organizacional que seja capaz de responder efetivamente e salvaguardar os interesses das partes interessadas, a reputação e a marca da organização, e suas atividades de valor agregado”.
Uma visão mais ampla de resiliência é de que ela trata muito mais do que somente maximizar a disponibilidade de sistemas e processos em situações do dia-a-dia: ela trata de responder aos eventos incomuns e inesperados.
A continuidade não está em recessão, pois seu maior produto é a preparação. O atual cenário, muito pelo contrário, impulsiona as empresas para a não exposição de seus negócios, diante do corte dos investimentos em melhorias e mitigação de riscos.
Mais importante que documentação de procedimentos através do diversos planos (Gestão de Crise, Comunicação, Resposta a Incidentes, Continuidade dos Negócios, Recuperação de Desastres, etc.) é o exercício dos mesmos, e além dos exercícios, a criação e disseminação de um conhecimento adequado, cultura, atitudes e valores. Somente assim a organização desenvolverá sua capacidade de sobreviver à turbulência criada por riscos de baixa freqüência, porém de grandes conseqüências.
A GCN no seu estágio atual evolui para algo mais amplo, abrangente e eficaz: a Resiliência Organizacional. A norma ABNT NBR 15999-1:2007*** define GCN como “processo abrangente de gestão que identifica ameaças potenciais para uma organização e os possíveis impactos nas operações de negócio, caso estas ameaças se concretizem. Este processo fornece uma estrutura para que se desenvolva uma resiliência organizacional que seja capaz de responder efetivamente e salvaguardar os interesses das partes interessadas, a reputação e a marca da organização, e suas atividades de valor agregado”.
Uma visão mais ampla de resiliência é de que ela trata muito mais do que somente maximizar a disponibilidade de sistemas e processos em situações do dia-a-dia: ela trata de responder aos eventos incomuns e inesperados.
A continuidade não está em recessão, pois seu maior produto é a preparação. O atual cenário, muito pelo contrário, impulsiona as empresas para a não exposição de seus negócios, diante do corte dos investimentos em melhorias e mitigação de riscos.
(**) Planos de Resposta a Incidentes, mencionados pela ABNT NBR 15999-1:2007 – Capítulo 8)
(***) ABNT NBR 15999-1:2007 Gestão da Continuidade dos Negócios Parte 1: Código de Prática
(***) ABNT NBR 15999-1:2007 Gestão da Continuidade dos Negócios Parte 1: Código de Prática
*Cláudio Basso é gerente de Consultoria da Sion People Center
Fonte: Financial Web
Fonte: Financial Web
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